A Ermida de S. Sebastião foi mandada construir pelo rei D. Sebastião e terá sido inaugurada em 1573, muito provavelmente, durante a visita que o monarca efectuou a Monchique. Localizada a sul da vila, a Igreja não apresenta pormenores arquitectónicos de grande relevo, mas guarda um notável altar Rococó e uma imagem de Nossa Senhora do Desterro, proveniente do antigo convento franciscano.
Nas imediações da vila, já fora do seu perímetro urbano, destacam-se ainda as Ruínas do Convento de Nossa Sr.ª do Desterro. Fundado em 1631 por Pero da Silva, o convento franciscano é marcado pela arquitectura manuelina e, tal como a generalidade das edificações da região, também ele foi severamente danificado pelo terramoto de 1755. Embora o edifício seja propriedade da Câmara Municipal, para o qual parecem existir projectos ligados à hotelaria, a realidade dos factos mostra que nunca lhe foi dada a importância merecida. O local está votado ao abandono, com pessoas a habitarem alguns dos seus espaços, além de se encontrar num estado avançado de ruína que, apesar de tudo, conserva ainda parte do seu encanto e interesse.
As Caldas de Monchique, que são claramente uma das atracções da região, encontram-se localizadas apenas a 5 km a sul do centro da vila e são um SPA Resort Termal conhecido pelas propriedades terapêuticas e curativas das suas águas. Muito famosas desde o tempo do Império Romano, período em que foram apelidadas de milagrosas, as actuais oito nascentes brotam águas cristalinas, com temperaturas compreendidas entre os 27ºC e os 31,5ºC. Muito ricas em bicarbonato, flúor, sílica e sódio, são indicadas para o tratamento de complicações no aparelho digestivo e respiratório, bem como para problemas musculares e reumáticos. Para além do alargado programa de tratamentos que se encontra disponível, a Villa Termal das Caldas de Monchique, constituída por hotéis em edifícios históricos recuperados, Piscina Exterior de Água Termal, Balneário Spa Termal, Restaurantes, Lojas, Salas de Reunião e Wine bar, é também um local privilegiado para descontrair e desenvolver actividades de lazer ao ar livre.
Subindo até ao topo da serra, o Miradouro da Fóia, com os seus 902 metros de altitude, é o ponto mais alto do Algarve. Local privilegiado para a contemplação da paisagem natural, sobretudo nos dias com boa visibilidade, a Fóia permite avistar um horizonte dominado por vários pontos de interesse: para sul, a costa oceânica e a Ria de Alvor; para leste, as albufeiras do Funcho e do Arade; para norte a Serra de Espinhaço de Cão; para oeste a cidade de Sagres e o Cabo de São Vicente.
A Picota, com os seus 774 m de altitude, é o segundo ponto mais elevado da Serra de Monchique e distingue-se pela deslumbrante panorâmica que tem para oferecer. Embora as vistas se apresentem mais escarpadas que em outros locais, segundo algumas opiniões, são até melhores que as do Miradouro da Fóia. É ainda um local onde poderá desfrutar do melhor que a fauna e flora da região têm para oferecer.
Na serra de Monchique existem três quedas de água merecedoras de destaque: a Cascata de Barbelote, que muito provavelmente é a mais bela do concelho, pode ser acedida através de um pequeno acesso pedonal desde a vila ou a partir da estrada de Vale de Largo – Barbelote, caso a escolha para se movimentar recaia sobre o automóvel; a Cascata do Chilrão encontra-se junto à estrada que liga Marmelete ao Chilrão, havendo possibilidade de parar a viatura junto à queda de água; a Cascata do Penedo do Buraco, que é a mais pequena das três, situa-se na costa norte da descida da Fóia, junto à estrada alcatroada, no sítio do Penedo do Buraco.
Como chegar
De Lisboa utilize a Ponte 25 de Abril ou em opção a Ponte Vasco da Gama, via A22, para aceder à auto-estrada A2. A partir daqui proceda conforme indicado no ponto anterior.
Desde o Algarve, tome a auto-estrada A22 (Via do Infante) até à saída (número 5) que indica N124 / Portimão. Na rotunda deverá prosseguir através da primeira saída (N124) e quando voltar a entrar numa rotunda, seguir a direcção EN266, correspondente à segunda saída.
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