A sola do nosso calçado pode materializar-se de variadíssimas formas e conter os mais eficientes sistemas de amortecimento, sem naturalmente deixar de lado a robustez aliada à flexibilidade que deve acompanhar tudo o que já aqui foi mencionado.
Quanto às propriedades da sola, estas podem ser viscoelásticas, capazes de absorver impactos, deformar e regressar à forma inicial em curtos espaços de tempo – normalmente o tempo compreendido entre o apoio do pé e o regresso do mesmo pé a um novo impacto no solo.
Uma boa forma de conseguir este efeito é a escolha de calçado que use gel na composição da sua sola, aplicado em caixas estanques onde o mesmo é encerrado, possibilitando deste modo uma margem de expansão mediante a compressão provocada pela passada do utilizador. Mas há muitas formas de minimizar o stress causado pela compressão que os diferentes estímulos – formas de caminhar ou correr – podem trazer: as caixas-de-ar, cada vez menos usadas; o “Gel” acabando de mencionar; a espuma; as solas por camadas, com diferentes texturas que contemplam e percorrem a anatomia do pé e a sua dinâmica durante a marcha; ou os contra fortes, em carbono, aplicados na sola que normalmente dão consistência à arcada plantar, mas que podem ser nocivos para quem, por exemplo, apresenta na sua forma de pisar uma pegada plana – ausência de arcada plantar. Tudo isto dever ser tido em conta.
Por isso, na hora de caminhar, não dispensem saber que calçado usar, o que melhor se adapta ao percurso que vão trilhar e o que melhor se adapta a vossa forma de “atacar” o terreno.
Posto isto, um artigo com esta natureza só ficará concluído depois das vossas dúvidas serem expostas, sendo certo que este é um tema que levantará algumas…
Filipe,
Muito obrigado pelo seu artigo, muito interessante. Este verão vou viajar 3 semanas ao sudeste asiático – Tailândia, Laos e Vietname – maioritariamente a fazer caminhadas diárias.
Há possibilidade de indicar algumas sugestões de calçado apropriado?
Obrigado e boas viagens,
Pedro