Os voos no espaço aéreo europeu vão ficar mais caros, depois de várias companhias aéreas terem decidido fazer reflectir no preço final dos bilhetes as taxas de compensação de emissões de carbono, em vigor desde o dia 1 de Janeiro.
A Lufthansa, companhia aérea de bandeira alemã, anunciou que vai transferir para os seus passageiros os custos relacionados com a entrada em vigor do sistema europeu de compensação de emissões de carbono – ETS –, adicionando-o à sobretaxa de combustível em vigor. Segundo um estudo da transportadora germânica, a imposição deste sistema por parte comissão europeia, deverá implicar no seu caso um custo acrescido de 130 milhões de euros a suportar totalmente pelo passageiro.
Entretanto, também a Air Berlin, Brussels Airlines e Ryanair informaram que vão seguir os passos da sua congénere, repercutindo no preço dos bilhetes o aumento de custos gerado pelo ETS – Emissions Trading Scheme. E se a Air Berlin e Brussels Airlines optaram por seguir uma estratégia semelhante à da Lufthansa, já a Ryanair optou por cobrar uma taxa fixa de 0,25 euros por passageiro em todas as reservas efectuadas. Aliás, a companhia low-cost irlandesa mostra-se muito desagradada com as novas taxas, chegando a apelidá-las como as “taxas eco-lunáticas da União Europeia”.
No caso da britânica Easyjet, não está para já decidido qual o modelo a seguir e quais as consequências que isso terá para os passageiros. Contudo, Javier Gándara, director ibérico da companhia low-cost, afirmou recentemente que as tarifas Easyjet continuarão a ser das mais baixas do mercado e que o impacto do ETS será limitado.
Por cá, sabe-se que sistema europeu de compensação de emissões de carbono terá um impacto de 15 milhões de euros nas contas da TAP, mas até ao momento desconhece-se qual o rumo e medidas a adoptar pela transportadora aérea nacional.