A Ryanair, companhia de baixo custo irlandesa, anunciou que irá cancelar, já a partir do fim de Outubro, 15 das rotas que actualmente opera em Espanha, bem como a introdução de ajustamentos que implicarão a redução do número de voos em 46 outras ligações. A decisão resulta das recentes alterações introduzidas pelo governo espanhol ao nível da politica aérea, onde foi decidido aumentar as taxas aeroportuárias em mais de 50% nos aeroportos de Madrid e Barcelona, facto que só ao nível da Ryanair poderá implicar uma quebra significativa na procura e ditar o fim de um número considerável de postos de trabalho.
Com estas alterações a low-cost irlandesa irá reduzir em 30% a sua actividade nos aeroportos de Barajas (Madrid) e El Prat (Barcelona), o que representará a supressão 11 rotas e a redução da oferta em outras 24 para o primeiro caso e o cancelamento de 4 ligações e a redução de 22 para o segundo.
Entretanto, o polémico presidente da Ryanair, Michael O’Leary, veio a público condenar veemente as medidas do governo, considerando-as mesmo de “decisões loucas e irresponsáveis”. Ainda segundo o mesmo, o ajustamento na actividade da companhia aérea irá implicar uma quebra de cerca de 2,3 milhões de passageiros anuais, o que poderá representar uma dispensa superior a 2.000 postos de trabalho. Na sua declaração, O’Leary aproveitou ainda para relembrar que a Ryanair foi líder do mercado aéreo espanhol durante a primeira metade de 2012, com um volume de 13,2 milhões de passageiros transportados, o que representa uma cota de mercado de 18%.
Curioso, ou não, é também o facto de a low-cost ter dias antes anunciado o cancelamento de 21 rotas nas Canárias, ao que se junta uma redução de 26% da actividade global, alegadamente como resposta ao incumprimento dos acordos efectuados junto do governo do arquipélago.
Para encontrar alternativas de voo às rotas canceladas pela Ryanair, poderá recorrer aos serviços de agências de viagens online como é o caso da eDreams, Netviagens ou Logitravel