A Ryanair, companhia low-cost de origem irlandesa, consegui uma vez mais gerar a confusão com a sua habitual mentira de 1 de Abril, que não é mais do que uma excelente iniciativa de marketing e uma pensada acção de promoção.
No comunicado deste ano, enviado no passado Domingo às redacções, a Ryanair avançava em primeira mão com a autorização, obtida junto das autoridades aéreas britânicas, para finalmente iniciar os testes de voos com passageiros de pé. Alegadamente seriam eliminadas cinco filas de dois aviões pertencentes à base londrina de Stanstead, de modo a transportar um total de 100 passageiros, por um período não superior a uma hora e por um preço individual “ultra low-cost” de 2 euros.
No texto recebido pelos órgãos de comunicação social, foi ainda referido que a iniciativa só foi possível após vários meses de intenso lobbying e que não havendo qualquer insucesso durante o período de testes, estariam reunidas as condições para a iniciativa ser estendida, ainda durante o verão, a toda a frota da Ryanair que, recorde-se, é constituída por 300 aeronaves.
Além do anúncio ter gerado alguma confusão e incredibilidade em muitos dos passageiros, caso não fosse uma excelente mentira do dia 1 de Abril, o site da low-cost deveria ter disponibilizado os voos para viajar de pé às 00h00 do dia 2 de Abril.
Embora, pelo menos para já, as autoridades internacionais que gerem a aviação civil na Europa já tenham por diversas vezes recusado esta ideia, há que reconhecer alguma insistência por parte da Ryanair em levar a medida avante, sobretudo no decorrer de muitas das polémicas afirmações do seu presidente, Michael O’Leary. Aliás, haverá até um estudo encomendado pela companhia que revela a concordância dos passageiros em viajar deste modo, caso o valor dos bilhetes fosse significativamente mais barato.
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