Com a aprovação em conselho de ministros, na semana passada, do caderno de encargos relativo ao processo de privatização da TAP, ficou definido que o limite para a entrega de uma proposta vinculativa para aquisição da companhia aérea, termina às 12 horas do dia 7 de Dezembro de 2012. Através do Despacho n.º 13719-A/2012, fica ainda definido que o Estado Português ficará com direito de preferência, caso a entidade compradora venha futuramente a revender a TAP.
O governo anunciou que Germán Efromovich, detentor do grupo Synergy, é o único a passar à próxima fase da privatização, pois é também o único que garante assumir a totalidade do passivo da TAP, bem como absorver a empresa de manutenção de aviões no Brasil que, recorde-se, dá prejuízos desde 2005.
Embora nas condições de privatização estejam reservados 5% do capital da TAP para os seus trabalhadores, a chamada quarta fase da oferta pública, o conselho de ministros refere que ela só é vinculativa, caso venha a ser aceite a proposta para venda dos restantes 95% do capital da companhia aérea de bandeira nacional.
Entretanto soube-se que o grupo IAG e a Alitalia mantiveram interesse na privatização da TAP, até uma fase avançada do processo, mas ambas acabaram afastadas por não cumprirem os requisitos exigidos para participar na operação: a primeira porque pretendia apenas adquirir o negócio da aviação e a segunda pela sua fragilidade financeira.
O milionário brasileiro-colombiano Germán Efromovich, com interesses económicos são distintos como a aviação, petróleo, turismo ou agricultura, perfila-se assim como o principal e único candidato a adquirir a TAP, mas o governo já vez saber que não exclui a possibilidade em cancelar a privatização, caso a proposta financeira final são seja satisfatória ou lese os interesses e o erário público. A acontecer, o processo teria de voltar ao início, logo, a comprometer o objectivo à muito anunciado de concluir a privatização até final do corrente ano.