Segundo está a ser vinculado pela imprensa espanhola, o sindicato dos pilotos espanhóis – SEPLA –, já terá comunicado à companhia aérea Iberia a intenção de convocar nova greve de pilotos para os próximos dias 9 e 11 de Janeiro. Esta nova paralisação, segue-se aos dois dias de greve realizados este mês, um dos quais ontem, com o cancelamento de 118 voos e mais de 10.000 passageiros afectados.
O novo anúncio de greve é uma manifesta posição de força contra a criação da nova companhia low-cost Iberia Express, que a casa mãe parece não querer abdicar, mas muito contestada pelos pilotos. Segundo o sindicato, além de ilegal, a nova companhia irá obrigar à supressão de 5.000 postos de trabalho e implicará um montante superior a 70 milhões de euros em prejuízos, o que além de inaceitável, merece indignação e todas as formas de luta.
Entretanto, o SEPLA decidiu procurar um interlocutor externo que possa mediar as negociações entre o sindicato e a Iberia pois, apesar de todos os esforços de negociação colectiva, é algo que se tem revelado difícil e com intransigências difíceis de ultrapassar.
Já a Iberia, na figura do seu director de comunicação e relações institucionais, Diaz Güell, relembra que a companhia aérea é suficientemente sólida e “aguentará todas as greves, custe o que custar”. Sobre a participada Iberia Express, reitera a necessidade em criar a nova companhia, de forma competir num segmento com elevado crescimento e onde a Iberia tem vindo a perder quota de mercado. São ainda negados todos argumentos que, segundo o SEPLA, implicariam uma redução do emprego ou piores condições de trabalho para os pilotos.
Enquanto isto, no aeroporto de Barajas, também os sindicatos minoritários de terra – CGT, CTA, CNT e CESH – mostram uma atitude de resistência e preparam manifestações contra a criação da Iberia Express.
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