A IAG, empresa resultante da fusão da British Airways e da Ibéria, encontra-se a avaliar um conjunto de 12 potências compras ou fusões, contanto realizar pelo menos três delas. Uma das empresas que muito provavelmente fará parte da lista é a portuguesa TAP. Aliás, o próprio presidente do grupo, Willie Walsh, já veio a público anunciar o interesse na companhia de bandeira nacional, estando a oficialização do processo apenas dependente das condições que o governo português irá impor para a privatização, que deverá ocorrer em meados do próximo ano. Para a análise e acompanhamento da operação, terá já mesmo sido contratado um banco de investimento internacional.
A estratégia do Grupo IAG – International Airlines Group – pretende não só acelerar a consolidação da sua actividade, de forma a acompanhar os grandes concorrentes Lufthansa e Air France-KLM, mas também fazer crescer a operação na América do Sul, que apesar das variadíssimas iniciativas de promoção não tem alcançado os objectivos, em parte, pelo domínio que a TAP assegura nos voos entre Portugal e o Brasil.
Embora a o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já tenha manifestado a sua preferência por uma união entre a TAP e a Lufthansa, até porque ambas as companhias pertencem à Star Alliance, a IAG escusou-se a tecer quaisquer comentários e sublinha apenas que não vê como um obstaculo o facto de fazer parte da aliança rival, no caso a Oneworld.
Segundo alguns analistas do sector, outros negócios que muito provavelmente estarão a ser avaliados pela IAG são a compra da Aer Lingus e da BMI. No primeiro caso, embora a concentração trouxesse ao grupo alguns slots que a companhia irlandesa dispõe em Heathrow, há a desvantagem do défice acumulado de cerca de 400 milhões de euros, relacionado com o seu fundo de pensões e que o governo irlandês e a Ryanair, actuais accionistas da empresa, não parecem estar interessados em capitalizar. Já no segundo caso, a alienação da BMI por parte da Lufthansa parece ser um negócio mais atractivo, pois trata-se da transportadora que ocupa o segundo lugar em termos do número de slots disponíveis no aeroporto londrino, mas pode trazer problemas concorrenciais já que não é permitido à British Airways ultrapassar uma quota superior a 50% dos slots disponíveis em Heathrow.
Indiferentemente das aquisições ou fusões que se venham a realizar, a International Airlines Group mantém o objecto inicial de assegurar um total de 400 milhões de euros em termos de sinergias resultantes da fusão entre a British Airways e da Ibéria.
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