A serem criadas todas as condições necessárias ao avanço da construção de um novo aeroporto na base aérea do Montijo, projecto que requer aprovação governamental e só deverá avançar após ser atingido o limite de tráfego na Portela, soube-se há dias que este novo aeroporto não deverá servir em exclusivo, mesmo na fase inicial de funcionamento, apenas as chamadas companhias low-cost.
No âmbito da cerimónia de apresentação dos resultados de tráfego para o período 2013 / 2014, Ponce Leão, presidente da ANA Aeroportos, referiu que ainda é cedo para afirmar categoricamente que o novo Aeroporto do Montijo se destinará em exclusivo ao funcionamento de companhias de baixo custo. Pese embora a Ryanair já tenha demonstrado o seu interesse em distribuir a sua operação entre o Montijo e a Portela, outras companhias há que fizeram questão em sublinhar a sua total falta de disponibilidade para tal.
O gestor sublinha que este processo requerer ainda um grande trabalho de consulta e que o cenário da aviação comercial muda frequentemente, pois há vários factores externos que podem influenciar significativamente o sector. “O que é preciso é ter todas as decisões estudadas para que elas sejam implementadas num curto espaço de tempo em função da tipologia do tráfego. Não sabemos se o aumento de tráfego provém do low-cost ou é tráfego de transferência. Temos de estar atentos à diferente tipologia que vai entrar e em função disso tomar a decisão mais correcta”, afirmou.
Na mesma conferência de imprensa foi ainda anunciado que a rede de aeroportos nacionais recebeu 34 milhões de passageiros até Agosto, o que significa um aumento na ordem dos 9,4% face período homólogo. Tratando-se de um aumento significativo, com tendência para se manter segundo as projecções disponíveis, a ANA decidiu avançar com um investimento de 275 milhões de euros, a completar até 2018 e a distribuir pelos aeroportos de Lisboa, Madeira, Faro e Porto.
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