Chegou o Verão de São Martinho e com ele as tradicionais castanhas, a água-pé e como não podia deixar de ser o festival de Balonismo do Alto Alentejo. Um festival que, às portas das duas décadas de vida, prossegue mais pujante do que nunca, levando muita cor e animação àqueles céus abençoados. Neste 19º Festival Internacional Rubis Gás de Balões de Ar Quente, que decorreu de 9 a 15 de Novembro nas vilas de Alter do Chão, Fronteira e Monforte, rumei ao interior do país na esperança de conseguir voar num dos enormes balões de ar quente que participam no festival.
Todos os dias, à excepção do dia 15 – reservado para a organização -, foi possível voar gratuitamente num dos dois voos agendados – 7h30 e 15h30. Porém, é importante referir que como não existe compra de ingressos ou marcações antecipadas, os lugares disponibilizados pela organização / balonistas são variáveis – há prioridade para os patrocinadores, comunicação social e pessoas que têm vouchers – e esgotam muito rapidamente. Dito isto, aconselho vivamente a quem realmente quiser voar, em futuras edições do festival, que deve chegar o mais cedo possível aos locais de encontro, previamente marcados pela organização.
Graças a uma mistura de dedicação – dormir na zona industrial de Alter do Chão – e sorte, sem escapar à ansiedade da espera e de alguma confusão inicial, tive a felicidade de garantir o meu lugar a bordo de um dos coloridos balões. Naquela planície, tudo à minha volta era uma azáfama estimulante, e enquanto alguns balões já rumavam às alturas, outros estavam no solo a serem preparados para a largada. Na companhia de quatro almas, balonista incluído, tive o meu baptismo de voo e uma experiência que se revelou absolutamente ZEN. Talvez uma das mais inolvidáveis da minha existência. Fruto dos verdes campos, do arvoredo, dos campos de cultivo, das manadas de gado, dos múltiplos e coloridos balões… a planície alentejana revelou todo o seu esplendor numa palete mágica, vibrante de vida e cor…
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