Avaliação do editor
De ementa fixa e não muito extensa, a originalidade e qualidade dos pratos fazem toda a diferença.
Num edifício do século XIX, que já foi armazém de pêra rocha, a família Lopes ergue desde Maio de 2004 o seu templo gastronómico: o restaurante Mãe d’Água.
À entrada, os visitantes têm desde logo uma enorme sensação de frescura, talvez devido ao tanque revestido a mármore, onde abunda e corre o líquido que dá nome ao espaço. Subindo as escadas, encontramos uma sala com um grande pé-direito, cheia de luz natural, com paredes de pedra, armários rústicos e uma decoração com elementos modernos, mas sabiamente integrados no ambiente interior. Existem ainda duas escadarias laterais que dão acesso a um mezzanine com cerca de 30 lugares, que se juntam aos 60 da sala principal.
Já sentado, enquanto escolhe e se ambienta ao espaço, recomendo uma flute de Loridos reserva bruto, que para quem não conhece é da quinta que fica logo ali ao lado. Actualmente alberga o talvez mais conhecido Buddha Eden, que poderá visitar antes ou depois de se deliciar com o verdadeiro manjar que o espera.
A lista de vinhos, embora seja transversal às principais regiões demarcadas nacionais, privilegia o Oeste, como é o caso das propostas: Quinta das Cerejeiras, Os Pancas, Quinta de São Francisco ou Santos Lima.
A ementa fixa, não sendo muito extensa, é uma agradável surpresa e a originalidade do empratamento não o deixará indiferente. Deixo aqui algumas sugestões: os medalhões de garoupa, cobertos por uma mistura de carne, cebolada, pinhões e passas, acompanhados por uma courgette recheada de cebola e bacon, e brócolos; os filetes de peixe-espada com molho de laranja, acompanhados com maça ralada temperada com sumo de morango; os lombinhos de porco na prata, temperados com alho e coentros, acompanhado por puré de maça; a vazia tropical, fatiada a lembrar o rosbife, acompanhada por um molho agridoce e várias frutas.
Enquanto espera que lhe preparem o seu pedido, entretenha-se com pastas e patés que lhe colocaram sobre a mesa e peça um “bacalhau à Mãe d’Água” – um carpaccio de bacalhau em azeite e amêndoa laminada. É talvez uma iguaria inesperada, mas que certamente o irá surpreender pela textura e sabor.
Na hora da sobremesa, entre o leite-creme, as farófias, a maça assada ou o pudim, não posso deixar de destacar o petit gateau. Terá que esperar aproximadamente 15 minutos, pois é preparado e cozinho no momento, mas verá que vale a pena. É qualquer coisa de… O melhor é mesmo provar!
No final, e olhando à qualidade e serviço, a conta é outra agradável surpresa. Aponte para um valor aproximado de 25 euros.
Como chegar
Onde ficar
Mapa da cidade
Restaurante Mãe d’Água
Telef.: 262 605 408 / 918 718 231 | Email: geral@restaurantemaedagua.com
URL: http://www.restaurantemaedagua.com/
Fecha Domingo à noite e 2ª feira todo o dia.
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