Nestes casos, tal como no habitual planeamento das suas viagens, a pesquisa na internet recomenda-se e impõem-se de forma a assegurar a escolha certa. Contudo, o preço do bilhete não é o único factor a ter em conta e há pormenores que não devem ser descurados: a duração das viagens (comboios regionais versus TGV), os tempos de transferência ou escala, a acessibilidade e distância das estações ao nosso destino final ou horários de chegada (quem quer procurar um local para dormir às 4h da manhã?), são uma série de factores que não devem ser esquecidos na procura do bilhete ideal.
Ferrys
Por último, a alternativa marítima: os ferrys; cruzeiros à parte. À semelhança dos aviões e comboios, os ferrys têm preços flutuantes que variam consoante a época e a procura; quanto mais cedo comprar o bilhete mais barato fica. Rara é a transportadora hoje em dia que não coloca os bilhetes à venda na internet – note que se comprar numa agência de viagens pagará uma pequena taxa pelo serviço. Tal como na opção ferroviária, tenha em conta o horário da chegada pois os portos podem ficar distantes do local onde gostaria de alojar-se. Normalmente há sempre táxis à espera e se nem sempre são o meio mais económico, por vezes são mesmo o único transporte disponível.
Se tiver de continuar viagem após chegar ao porto, tenha em atenção que pode não ter mais ligações para esse dia. Caso esta última possibilidade seja real, durante o trajecto do ferry tente encontrar uma boleia até ao seu destino final: pode falar com as pessoas, escrever numa folha o nome do destino e se puder ou quiser até escrever que paga a viagem. Com ou sem folha de papel previamente escrita, percorra os vários espaços do ferry porque muito provavelmente encontrará a sua boleia. Outra opção, que não deve ser afastada, é o facto de muitos ferrys transportarem autocarros de turismo; caso tenha dificuldade em encontrar boleia, há uma forte possibilidade em que haja lugares vagos por ocupar num desses autocarros.
Para uma travessia nocturna talvez deva considerar a compra de um bilhete que lhe dê acesso a um camarote, que poderá ser privado ou partilhado. Entre o conforto do camarote e o bilhete simples há ainda uma classe intermédia – as poltronas. Estas estão normalmente reunidas numa sala que faz lembrar o interior de um avião, podem até ser relativamente confortáveis, mas estão longe do conforto de uma cama. Finalmente, se preferir ficar na horizontal mas não quer pagar o camarote, seja dos primeiros a entrar no ferry e tente reservar o melhor espaço para estender o seu saco-cama. Ao contrário do que lhe possa parecer, é um procedimento habitual nas viagens nocturnas e não é incomum ver os corredores, cantos e espaços almofadados ocupados por famílias ou viajantes solitários.
Com estas sugestões e dicas, não há desculpas para deixar de viajar só porque o preço do avião é demasiado caro. Existem inúmeras alternativas que poderá explorar através de opções terrestres ou marítimas. Pois… não falei das viagens intercontinentais. Ficará para a Próxima Viagem!
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