Um Ano Americano
Nem todos os anos são anos americanos, mas as presidenciais norte-americanas implicam esse estatuto. Provavelmente nunca antes o processo eleitoral dos EUA merecesse cuidados acrescidos. Há tanto em jogo.
Nem todos os anos são anos americanos, mas as presidenciais norte-americanas implicam esse estatuto. Provavelmente nunca antes o processo eleitoral dos EUA merecesse cuidados acrescidos. Há tanto em jogo.
Quantos países já visitei? Quantos faltam açambarcar para ser o justo campeão da ocupação efectiva? O troféu está sobre a mesa do café ao lado do chá que provoca delírios inconsequentes.
Devo começar por confessar que não tenho sido muito leal a Madrid. Afinal foi nessa cidade que nasci, mas não cultivei uma relação estável e madura. Não estive presente nas suas distintas fases de crescimento e afirmação. Fui um consorte deplorável – a última vez que visitei a capital foi há 20 anos. Contudo, tendo aí pernoitado até aos quatro …
“Para chegar não é necessário partir”, bem que poderia ser a frase-feita por alguém que se sente em casa num aeroporto. Não é que seja o meu caso, mas devo confessar um certo fascínio por esse ecossistema. Os aeroportos são tratados antropológicos inacabados. Os nómadas que aí transitam não chegam a definir uma cultura local, mas preenchem o espaço sem …
Um processo eleitoral também é uma viagem. E a política é a agência que oferece sempre e invariavelmente destinos de sonho. Quando o cidadão se deixa levar pela toada de promessas dos candidatos é como se viajasse no firmamento do imaginário – quer acreditar nas palavras mágicas e num futuro auspicioso. O processo eleitoral no Reino Unido findou e prolonga-se a …
No verão de 2014 visitei Weimar. Foi a primeira vez que estive no leste da Alemanha que havia sido a Alemanha de Leste. Mas a pequena cidade de sessenta mil habitantes há muito que viajou para o resto do mundo. Weimar é famosa por ter sido a casa de Goethe e Schiller, pela república com o mesmo nome que pôs …