O grupo IAG – International Airlines Group –, resultante da fusão entre as companhias aéreas British Airways e Iberia, e até agora o único candidato assumido à privatização da TAP, veio hoje a público reconhecer o Hub existente no Aeroporto da Portela como estratégico, devendo por isso ser preservado e mantido em pleno funcionamento. O grupo defende que a manutenção, em Lisboa, da operação da TAP é um factor importante para o crescimento sustentado da companhia, sobretudo com a exploração das suas operações no Brasil e África.
A IAG assume que tem planos para manter na capital o centro de operações da companhia de bandeira nacional, mas recusa partilhar o capital da TAP com o SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil –, que tem vindo a reclamar 20 por cento do capital da empresa, no âmbito do acordo firmado com o Governo português em 1999.
Reagindo a esta posição, os pilotos não dão grande crédito às intenções do grupo IAG, pois não acreditam que o “Estado português seja impedido por terceiros de assumir os seus compromissos” e acordos assinados. O próprio SPAC diz continuar à espera que o processo de privatização seja formalmente aberto, pois só assim será possível ter acesso às condições da privatização e tomar as medidas necessárias à defesa dos interesses dos pilotos. Aliás, a greve de dez dias que esteve prevista para Dezembro e Janeiro últimos, só terá sido desconvocada com a garantia expressa do Governo em envolver directamente o sindicato no processo de privatização.
Embora várias companhias aéreas continuem repetidamente a ser mencionadas como interessadas na entrada no capital da TAP – Lufthansa, TAM e Avinca são apenas alguns exemplos –, nenhuma assume publicamente essa condição, chegando mesmo a negar formalmente qualquer interesse nesse sentido.
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