A TAP vê a sua situação financeira agravar-se substancialmente durante o primeiro semestre do ano. Embora durante o mesmo período o endividamento tenha sido reduzido em 90 milhões de euros, a companhia de bandeira nacional aumentou em 53% os capitais negativos, que de -264,8 milhões de euros passaram para os -405,9 milhões de euros.
No relatório de contas ontem publicado pela Parpública, holding que controla várias empresas da esfera do estado, é referido que o agravamento da situação financeira da TAP se deve sobretudo à derrapagem nas previsões dos prejuízos. Na primeira metade deste ano, são atribuídos à transportadora aérea nacional 123 milhões de euros de prejuízos, aproximadamente mais 73% face ao resultado apresentado para o mesmo período de 2010. Este incremento terá essencialmente ficado a dever-se ao sistemático agravamento do custo com combustíveis, apenas parcialmente compensados com uma subida ligeira da taxa de ocupação dos voos e em algumas medidas de racionalização internas.
Com o aprofundamento da degradação financeira, o accionista tem sérias dúvidas que as metas previstas pela TAP possam ser alcançadas, defendendo que a rápida privatização será a melhor solução para lidar com o problema da recapitalização da companhia aérea. Não sendo encontrada uma solução suficientemente rápida, e olhando às condicionantes impostas pela Europa ao nível da recapitalização no actual quadro accionista, a trajectória que se tem vindo a sentir nos últimos anos pode levar à insustentabilidade da empresa.
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