Foi hoje decidido, em conselho de ministros, avançar com o relançamento da privatização da TAP, companhia aérea de bandeira nacional. Em moldes diferentes do que foi feito anteriormente, o executivo decidiu colocar à venda 66% da TAP SGPS, holding que inclui a própria companhia aérea, a deficitária TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, bem como outras empresas de menor dimensão ligadas à actividade aeronáutica. Do capital proposto para venda, 61% será alienado a um ou mais investidores de referência, através de venda directa, e 5% estarão reservados para os trabalhadores da companhia.
No briefing pós concelho de ministros, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, referiu ainda que os 34% do capital remanescente poderá ser alienado nos dois anos seguintes, ao comprador que venha a vencer o processo de privatização, em condições que serão definidas no caderno de encargos da operação, caso o governo de então venha a fazer uma apreciação positiva do cumprimento das obrigações e regras definidas.
Sérgio Monteiro adiantou ainda que será nomeada uma comissão de acompanhamento independente, para que sejam garantidas condições de “transparência e rigor” a todo o processo.
Como já foi anunciado por diversas ocasiões na comunicação social, perfilam-se na corrida à privatização da TAP o empresário português Miguel Pais do Amaral (ver Empresário Pais do Amaral quer 100% da TAP), conjuntamente com norte-americano Frank Lorenzo, ex-líder da Continental Airlines; Germán Efromovich, dono da Avianca e finalista excluído no anterior processo de privatização; o grupo nacional de transportes Barraqueiro e a companhia espanhola Globália. Há ainda referências não confirmadas ao interesse da companhia aérea brasileira Azul, bem como de empresários mexicanos, segundo o que foi avançado pelo ministro Pires de Lima durante a sua recente visita ao país.
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